Foto: Reprodução / Metrópoles
O governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pediu a prisão de ao menos 20 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) acampados em quartéis. A avaliação interna é de que há omissão por parte dos órgãos que deveriam coibir a atuação de atos antidemocráticos. Por Juliana Braga | Folhapress
Na tentativa de atentado deste sábado (24), por exemplo, a percepção de pessoas envolvidas na segurança de Lula é de que há uma "falha clara" por parte do Exército, a quem compete fiscalizar os chamados produtos controlados, categoria na qual se inserem os explosivos de posse de George Washington de Oliveira Sousa.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, foi encontrada uma grande quantidade de explosivos e armamento na residência do bolsonarista.
Segundo relatou em depoimento, o gerente de posto de gasolina é do Pará e em 12 de novembro dirigiu-se a Brasília em uma caminhonete com "duas escopetas calibre 12, dois revólveres calibre .357, três pistolas, sendo duas Glocks e uma CZ Shadow, um fuzil Springfield calibre .308, mais de mil munições de diversos calibres e cinco bananas de dinamite".
Além disso, um dos integrantes do GT de Justiça e Segurança Pública da transição afirma haver conivência por parte das Forças Armadas ao permitirem a manutenção dos acampamentos onde "organizações criminosas usam área militar para a prática de crimes, como o terrorismo".
Nem a PF (Polícia Federal) escapa de críticas. Para auxiliares de Lula, há inércia na corporação que, após os atos de vandalismo praticados no dia da diplomação do presidente eleito, iniciou uma investigação por dano ao patrimônio e lesão a um policial, não por terrorismo.
No último dia 6, o empresário Milton Baldin teve a prisão decretada a pedido do agora indicado para delegado-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues.
Baldin foi preso no acampamento bolsonarista em Brasília dias após gravar um vídeo convocando apoiadores do presidente e em especial os CAC, que tem armas legais.
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