A dopamina é produzida naturalmente pelo cérebro quando a pessoa faz exercícios físicos
- Foto: Pixabay
A dopamina pode ajudar a atrasar a progressão de doenças como o Parkinson, por exemplo. É o que revela um novo estudo da NYU Grossman School of Medicine, dos Estados Unidos.
E o melhor é que a dopamina, conhecida como o hormônio da felicidade, é produzida naturalmente pelo cérebro quando a pessoa faz exercícios físicos. Ou seja, é um tratamento natural, barato e que tem resultados rápidos.
A pesquisa, feita em cobaias se exercitando em esteiras durante trinta dias, mostrou que a concentração da dopamina cresceu em 40%. “A liberação continuou durante uma semana, o que explica os benefícios prolongados para o humor e a coordenação motora”, disse Margaret Rice, autora principal da pesquisa, em entrevista à Veja. Por Rinaldo de Oliveira / SNB
Motivo
A pesquisa revelou que os treinos elevam substancialmente a produção de uma proteína que faz a manutenção e estímulo da produção de neurônios, que fabricam de dopamina.
Há tempos os estudiosos tentam decifrar o que está por trás da deliciosa sensação que toma o corpo depois de alguns minutos de atividade física. E agora descobriram que esses exercícios contribuem para atrasar a progressão do Parkinson, doença que tem sua origem na escassez do hormônio.
Toda a atividade cerebral é mediada por hormônios que levam a informação de uma célula nervosa à outra. Por isso, eles são chamados de neurotransmissores.
Como são produzidos pelo corpo
A produção de cada um dos neurotransmissores é acionada por diversos gatilhos, disparados de acordo com as funções das áreas nas quais atuam.
A serotonina, por exemplo, está envolvida no processamento de emoções. Quando há desequilíbrio na sua concentração, uma das consequências pode ser a depressão.
Já a dopamina atua em três campos.
O primeiro é o que controla os movimentos motores. Dar um passo, levar o lápis ao ponto certo da página ou o garfo à boca são ações que necessitam dela para ser executadas.
Ela também é a principal substância a intermediar as conversas entre as células nervosas que integram o sistema de recompensa, no qual são processadas as sensações de felicidade e satisfação quando recebemos algo que nos agrade.
Além disso, também está presente nos mecanismos que permitem a identificação dos sentimentos alheios, habilidade vital para a convivência social.
“Qualquer desequilíbrio de dopamina prejudica essa capacidade”, explica Bianca Schuster, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.
O problema é que o hormônio está sujeito a sofrer alterações ou por doenças, como o Parkinson — nesse caso, há morte dos neurônios que o produzem —, ou como consequência do envelhecimento.
A cada década da idade adulta, o cérebro sofre redução de 13% dos receptores (as portas de entrada das células) de dopamina.
O fenômeno ocasiona a perda da alegria em realizar atividades antes prazerosas, prejudica a socialização e impede a correta realização dos movimentos mesmo que o indivíduo não tenha Parkinson.
O antídoto aos danos pode ser encontrado nos remédios que tentam reequilibrar a disponibilidade de dopamina ou, como se está descobrindo agora, na realização de exercícios físicos rotineiramente.
Um jeito barato e simples de frear a progressão do Parkinson. Com informações da Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário