Foto: Reprodução / Daniel de Granville
O coronavírus infecta o pênis e os testículos de macacos, indica pesquisa. O desenvolvimento da doença resultou em problemas como disfunção erétil, diminuição de espermatozoides, queda na qualidade do sêmen e infertilidade. A pesquisa sugere que os achados também podem se aplicar a humanos.
Cientistas dos Estados Unidos analisaram os efeitos da infecção por Sars-CoV-2 em três macacos por meio de uma sonda que procurava diretamente pela proteína spike, do coronavírus, no órgão. Os resultados, que ainda precisam da revisão de pares, foram divulgados na plataforma bioRxiv na última segunda-feira (28), segundo o Metrópoles.
As investigações com o equipamento foram feitas em três momentos. O primeiro foi no corpo inteiro dos macacos 24 horas após a infecção. Depois, os animais passaram por necropsia e os órgãos genitais foram retirados para uma nova análise. Por fim, os órgãos foram cortados para que a sonda examinasse as partes por dentro. “Dois resultados imediatamente se destacaram em relação ao que era esperado. Um sinal mínimo foi associado aos pulmões, enquanto um sinal muito forte foi associado ao pênis e aos testículos dos animais infectados”, afirmaram os cientistas na conclusão da pesquisa.
Os pesquisadores identificaram células infectadas com Sars-CoV-2 nos testículos de todos os animais. A comparação revela que, durante a segunda semana da doença, a infecção diminui nos pulmões e aumenta nos testículos. Além disso, a coloração dos órgãos mostrava degeneração nas células e prejuízos significativos em tubos genitais.
Em relação ao pênis dos macacos, o coronavírus diminui a capacidade de vascularização do corpo cavernoso. Ou seja, a Covid atrapalhou a circulação sanguínea necessária para deixar o pênis ereto. Outros prejuízos também foram percebidos na uretra dos animais.
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