O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (16) que vai tomar a vacina da covid-19 "por último". Segundo ele, há “muita gente apavorada” no aguardo pela vacina e, por isso, não seria o caso de se imunizar agora.
"O que acontece, tem
muita gente apavorada aí aguardando a vacina, então deixa as pessoas tomarem na minha frente. Vou tomar por último. Eu acho que essa é uma atitude louvável. Porque tem gente que não sai de casa, está apavorado dentro de casa", disse Bolsonaro a apoiadores, em frente ao Palácio do Alvorada. Foto: Isac Nóbrega/ PR
O presidente, que é crítico da vacina e disse anteriormente que não pretendia tomá-la, se queixou de a imprensa supostamente ter reprovado a sua decisão de se vacinar por último. "Em vez da imprensa me elogiar, me critica", citou.
De acordo com reportagem do Estadão, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril, mas optou por não se vacinar. Um dos argumentos do presidente para não receber o imunizante é o fato de já ter contraído o vírus em julho do ano passado. No entanto, casos de reinfecção têm sido registrados no país, além de novas variantes do vírus.
A resistência do presidente também decorre da sua desconfiança da eficácia dos imunizantes. Além de desestimular medidas para conter o contágio pelo vírus ao longo de toda a pandemia, Bolsonaro também, por diversas vezes, colocou em dúvida a segurança das vacinas, mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso de imunizações no País.
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