Influenciadores digitais foram contratados pela gestão para fazer publicidade em favor do tratamento precoce.
Foto: Carolina Antunes/PR
A Justiça Federal determinou que o governo federal pare de fazer campanhas com referências a medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Os influenciadores digitais contratados pela gestão também deverão publicar mensagens para desencorajar o uso do “kit covid”.
A União afirma que jamais patrocinou qualquer campanha publicitária que incentivasse o “tratamento precoce”. No entanto, para a 6ª Vara Cível Federal de São Paulo, o argumento não se sustenta.
“O briefing encaminhado pelo Ministério da Saúde indica, de maneira expressa, o ‘cuidado precoce para pacientes com Covid-19’, como ‘job’. Estabelece, ainda, que ‘para auxiliar na sua decisão, o Ministério da Saúde colocou à disposição desses profissionais um informe que reúne tratamentos em estudo no mundo que mostram resultados positivos na recuperação de pacientes'”, escreveu o juiz na decisão divulgada nesta sexta (30).
Em março, uma reportagem da Agência Pública mostrou que o governo federal investiu mais de R$ 1,3 milhão para pagar ações de marketing com e publicidade em favor do tratamento precoce. Entre as ações pagas com o recurso, está a contratação de perfis com milhares de seguidores, para realização de publicações a favor da abordagem defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
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