Foto: Divulgação
Apesar de o tratamento precoce da Covid-19 ser a principal bandeira do Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) reforçou, em documento publicado nesta quarta-feira (9/12), ser contra o uso de qualquer medicamento de forma antecipada, incluindo cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal e dióxido de cloro.
“Os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a Covid-19”, escreveu a entidade de acordo com o Metrópoles.
Segundo eles, a orientação está alinhada com sociedades científicas e médicas internacionais, tais como o Instituto Nacional de Saúde e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Na fase inicial, medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos, podem ser usados para pacientes que apresentem dor ou febre”, explicam.
Em pacientes com pneumonia grave, é comum a falta de oxigênio no sangue e nos órgãos, um sintoma chamado de hipóxia. A SBI alerta sobre a importância de diagnosticar o problema desde os primeiros sinais usando oximetria digital para evitar a hipóxia silenciosa, o quadro no qual o paciente não sente a falta de ar.
Em casos de pneumonia com hipóxia, que costuma acontecer quando o comprometimento pulmonar é igual ou superior a 50%, o tratamento no hospital deve incluir corticoide (dexametasona) e anticoagulante profilático (heparina) para evitar a necessidade de ventilação mecânica na UTI.
A SBI também decidiu seguir a recomendação do CDC e indicar o isolamento de pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19 por 10 dias, “preferencialmente sozinhos no quarto, afastados de seus familiares e amigos”.
Já os pacientes em casos graves, internados, e os imunodeprimidos devem ficar de quarentena por até 20 dias, a depender do caso. A entidade afirma que não está indicado o uso de testes para alta do isolamento ou volta ao trabalho. Os dias devem ser contados a partir do primeiro dia de sintomas e o paciente não pode ter tido febre nas últimas 24h.
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