Em meio ao aumento no trânsito global, todos os países devem estar preparados para lidar com possíveis casos do novo coronavírus, afirma o médico sanitarista e vice-diretor da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), Jarbas Barbosa.
Um dos nomes à frente do órgão que representa um braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) nas Américas, Barbosa diz que a decisão em declarar emergência internacional em saúde pública deve acelerar ações para deter a transmissão.
Para ele, nenhum país está livre do vírus, mas é possível adotar medidas para conter o avanço a partir dos primeiros registros.
“A declaração reforça a necessidade de manter o alerta alto e que países façam um esforço pela detecção precoce e para evitar que haja transmissão local. Também significa que é possível ocorrer a mobilização de recursos internacionais para trabalhar junto com o governo de um país para conter o surto. Avalio que a declaração foi acertada. Isso vai possibilitar uma ação internacional combinada com a China mais eficaz para deter a transmissão”, analisa Barbosa.
Questionado sobre a possibilidade do coronavírus chegar ao Brasil, o médico sanitarista afirma que “o que devemos fazer nesses casos é sempre trabalhar com um cenário em que é possível que chegue”. Ele também destaca o tamanho continental do Brasil e a forte relação que o país possui com a China. “Todos os países das Américas estão lidando com essa possibilidade. Ninguém está minimizando o problema e achando que é impossível chegar. Não. É possível, e por isso deve estar preparado”, afirma.
Barbosa também descarta que estejam gerando um alarme ou pânico exagerado sobre a doença. Por outro lado, acredita que “há uma atenção que é compreensível com uma doença nova”.
“Temos recomendado aos governos que mantenham sempre um fluxo de informação para que as pessoas saibam o que está acontecendo e é recomendado que as pessoas não divulguem notícias falsas”, completa Barbosa. BN
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