Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou nesta quinta-feira que o crescimento do Brasil não terá mais “voos de galinha” e que o novo ciclo de avanço do
PIB terá taxas menores que no passado, mas será mais estável e duradouro.
Na opinião de Montezano, o país está “possivelmente vivendo o fim do um ciclo de baixa, e o ciclo econômico está voltando, ainda que tímido”, disse.
– Temos todos os instrumentos para começar um novo ciclo de alta duradouro. Diferentemente dos outros, o crescimento não vai ser tão grande, mas vai ser mais estável.
Não veremos mais voos de galinha. O PÌB vai crescer mais lentamente, mas de forma duradoura. E infraestrutura é o carro chefe, pois reativa a economia e traz recursos
de longo prazo – disse Montezano, em seminário organizado pela gestora Vinci Partners sobre fundos de investimentos, no Copacabana Palace.
Segundo Montezano, o decreto que tenta destravar a devolução amigável de concessões que não deram certo – prevista na legislação há mais de um ano, mas que não se
concretizou -, publicado esta semana, será importante para “reciclar esse capital, esse mercado de obras inacabadas” e vai gerar novas oportunidades para o setor privado.
De acordo com o presidente do BNDES, o banco de desenvolvimento vai, em sua gestão, “induzir e apoiar o investimento privado.”
– O governo atual sabe que o Estado não é o melhor alocador de recursos. No passado, houve uma linha estatal que aumentou a carga fiscal e decidiu ele mesmo alocar os recursos. Está aí o resultado desse experimento. A história mostrou mais uma vez que o Estado não é um bom alocador, e o Brasil jogou fora muitos recursos – criticou Montezano, que assumiu o cargo há um mês , após a demissão do economista Joaquim Levy.
Mesmo assim, Montezano afirmou que “ao contrário do que se diz, o BNDES vai continuar fazendo empréstimos”.
– Temos um funding (fonte de recursos) estável que a sociedade pode usar – afirmou Montezano, que tem salientado, porém, que o nível de empréstimos deve ficar em
patamares menores que no ano passado, de cerca de R$ 70 bilhões. Globo
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