O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa enviou uma petição à Justiça nesta quinta-feira (9) em que altera a versão inicial do seu acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato, em setembro de 2014, Costa afirmou que empreiteiras contratadas pela Petrobras "fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos". Segundo o jornal Folha de S. Paulo, agora, o ex-diretor afirma que os preços seguiam os parâmetros da estatal e o percentual desviado para partidos, entre 1% e 3% do valor do contrato, "eram retirados da margem [de lucro] das empresas". A acusação superfaturamento dos contratos integra a denúncia apresentada no último mês de março pelos procuradores da Lava Jato e aceita pelo juiz federal Sergio Moro. O advogado de Paulo Roberto, João Mestieri, negou que seu cliente tenha mudado a versão inicial do depoimento, alegando que houve um detalhamento. "Não é uma mudança da delação. Ele nem poderia fazer isso. Só que isso não foi bem explicado na delação. A comissão era retirada do próprio preço da obra", defendeu Mestieri, em entrevista à Folha. Caso a Justiça constate que houve rompimento do acordo de delação premiada, Costa poderá perder benefícios de redução de pena por envolvimento no esquema de corrupção. BN
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