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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Bombril é acusada de racismo por ter empregada negra em anúncio no Facebook

Uma campanha publicitária da Bombril no Facebook causou polêmica entre os internautas. 

O anúncio foi publicada nesta segunda-feira (27), quando foi comemorado o Dia da Empregada Doméstica, e traz uma mulher negra representando uma empregada.

Internautas criticaram a propaganda, porque, segundo eles, as demais campanhas publicitárias da empresa --que tratam de bem estar, cuidados com a casa e entretenimento-- trazem personagens brancos. 

Em um dos comentários mais curtidos na rede social, Gabriela Moura afirma: "e pensar que o pacote de Bombril deve estar mais caro do que o diploma comprado pelo publicitário ameba que criou essa peça racista". 

Outros usuários afirmaram que a marca está "parada no tempo" por associar mulheres negras ao trabalho doméstico na época da escravidão, e por "vincular a imagem da mulher negra aos postos mais baixos de trabalho e com menos direitos". 

Melhor doméstica do Brasil
Procurada pelo UOL, a Bombril esclareceu que a mulher que ilustra a campanha se chama Tânia Aparecida, e foi eleita, em 2011, a "melhor doméstica do Brasil" por meio de um concurso transmitido pelo programa Raul Gil, no SBT. 

Desde então, ela virou o "rosto" do projeto Casa Bombril, que funciona no Butantã, zona oeste de São Paulo (SP). Por meio do projeto, a empresa oferece cursos certificados para profissionalizar as domésticas. O objetivo, segundo a Bombril, é "mudar a vida profissional das empregadas domésticas". 

"O resultado é uma formação diferenciada, que pode gerar oportunidades de aumento da renda individual e familiar e a possibilidade de ingresso com mais capacidade no mercado de trabalho", diz a Bombril. 

Metade das domésticas de SP é negra
Mais da metade das trabalhadoras domésticas na região metropolitana de São Paulo é negra, segundo um estudo da Fundação Seade divulgado na semana passada. A proporção é maior do que em outros tipos de trabalho. 

Em 2014, 52,6% das empregadas domésticas em São Paulo eram negras. Se forem considerados todos os tipos de trabalho, as negras eram 38,1%.  Fonte: Uol

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