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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Jornalistas perdem matéria para evitar suicídio

Foto: reprodução/Catve
Veja que exemplo de seres humanos, acima de profissionais.
Em vez de pensar na notícia, uma repórter e seu cinegrafista priorizaram a vida. Com informações da Catve
Nesta quarta-feira, 29, a jornalista Kharina Guimarães e o operador de câmera Marcos Antonio Cortina, da Catve, estavam a caminho de uma reportagem, passando pela BR 467 - em Cascavel, no Paraná - quando perceberam que uma jovem de 18 anos estava prestes a cometer suicídio.
Ela estava sentada a 7 metros de altura, em cima de uma passarela, com os pés voltados para a rodovia.
A atitude da repórter e do câmera não foi de noticiar, e sim, deixar o que iam cobrir para convencer a mulher a não se jogar.

"Passando pela marginal observei uma menina sentada pelo lado de fora, a Kharina viu e pediu que eu parasse o carro", disse o cinegrafista Marcos Cortina.

A mulher estava com uma flor nas mãos e retirava pétala por pétala.

Quando a jornalista se aproximou, a planta foi esmagada, o que assustou Kharina, porque qualquer má compreensão da jovem, poderia terminar de forma trágica. 

Convencimento
"No início foi muito difícil, eu pensava o que e como vou falar, comecei perguntando se estava tudo bem, se ela precisava de ajuda, se ela queria conversar, mas eu precisava saber o que estava acontecendo com ela naquele momento".

Aos poucos Kharina convenceu a jovem a conversar com ela e desabafar.

Enquanto isso, Marcos Cortina ligava para o Corpo de Bombeiros, já que a uma quadra do local onde eles estavam, há uma central de atendimento.

Várias pessoas acompanhavam de longe a jovem, mas infelizmente ninguém tomou atitude, a não ser a jornalista e o operador de câmera. 

A conversa
As duas permaneceram ali por cerca de 30 minutos, até que a jornalista convenceu a moça de que o filho dela precisava da jovem.

"A partir do momento que ela me contou o que acontecia, eu me apeguei ao fato de ela ter um filho. Uma criança precisa de uma mãe", disse Kharina.

Socorro
O socorro e a família da jovem chegaram, e ela voltou para casa. 

Em mais de 10 anos atuando no jornalismo, repórter e cinegrafista nunca viveram uma situação semelhante.
Por sorte, ou por profissionalismo o caso teve final feliz, para todos.

"Ver aquela situação e conseguir evitar é uma alegria", conclui Cortina.

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