247 - Sem constrangimento. É como o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, reage ao fato de que o Ministério Público Federal abriu ação contra empreiteiras ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e suspeitas de desviar dinheiro público para contas no exterior. Segundo o ex-ministro da Educação, a denúncia do MP não apresentará dificuldades à aliança formalizada no mês passado com o PP de Maluf, e tocar na questão não passa de uma tentativa de estigmatizar um partido (o PP, no caso) e de contestar o que seria um movimento natural de manter os quadros de coalizão do plano nacional.
"Esse assunto sequer vem à tona. As pessoas compreendem isso, muito bem", considera Haddad. "O PP está na base do governo Lula desde 2004. Eu não vejo razão para estigmatizar um partido que está colaborando com o governo federal", argumentou após passeata pelas ruas de Campo Limpo, São Paulo. Apesar de minimizar o caso, o candidato indicou ser a favor das investigações e aprovaria a devolução do dinheiro à Prefeitura. "Se ficarem comprovadas as suspeitas, (o dinheiro desviado para as contas de Maluf) é recurso de São Paulo, não tem o que discutir", disse.
O petista aproveitou o ensejo para criticar seus adversários, que estariam tentando crescer em cima de sua aliança com Maluf. "Acho incrível que as pessoas que buscaram o apoio do PP mudaram, na noite para o dia, o julgamento que faziam do partido", disse, numa clara referência ao PSDB de José Serra, que tinha praticamente fechado a parceria. "As mesmas pessoas que estavam buscando apoio do PP passaram a vê-lo de outra forma depois que ele decidiu reproduzir a aliança que mantém no plano nacional. Quando o PR decidiu que apoiaria o Serra, eu não fiquei falando mal, porque busquei o apoio do PR", reclamou Haddad.
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