A confusão aconteceu por volta dos 10 minutos do segundo tempo, durante o jogo entre as equipes do Corinthians da Cancela Preta e Nova Esperança da Terra Branca, válido pela Copa do Interior do Município. No momento da confusão o Corinthians vencia por 2 a 0.
Segundo informações de pessoas que estavam presentes, insatisfeitos com a arbitragem de Orlando Soares, conhecido por Guel, vários torcedores invadiram o campo para tirar satisfações. No meio da confusão, o árbitro, acuado e agredido, usou um canivete para se defender e acabou ferindo quatro pessoas.
No empurra-empurra, alguns jogadores das duas equipes ainda tentaram acalmar, mas a fúria de alguns torcedores era grande. Para se defender, o juiz teve de entrar em um carro de pessoas do povoado de Barreiros, também da região, Um dos assistentes, Dernival Mota, 42 anos, também se envolveu na confusão, tentando defender o juiz das agressões. Segundo as informações, o outro bandeira, Gilsoney Carneiro, desmaiou.
O jogo estava sendo transmitido pela Rádio Jacuipe, através de Gilberto Oliveira, que também preside a Liga Jacuipense de Futebol, e José Alcione. Através do rádio, Gilberto pediu ao plantonista Adriano Júnior para acionar a Policia em Riachão do Jacuipe, que atendeu imediatamente.
Chegada da Policia e as vítimas
Após a chegada da Policia, os torcedores, que cercavam o trio de arbitragem dentro de um veículo, foram dispersados. Segundo as informações, antes da chegada da policia, algumas pessoas queriam virar o veículo com o trio de árbitros dentro, inclusive ameaçando botar fogo.
Orlando Soares, os bandeiras Dernival e Gilsoney e a equipe da rádio Jacuipe tiveram de deixar o Povoado de Terra Branca em um carro escoltado pela viatura da Policia até Riachão. Na viatura vieram também três dos feridos.
Os feridos foram Jackson Lima Carneiro, de 18 anos, Clériston Araújo Carneiro, de 28 anos, e Edvaney de Araújo Carneiro, de 30 anos. Este, também conhecido por Nenenzinho, recebeu duas facadas à altura do tórax. Ele foi levado para Feira de Santana, onde passou por cirurgia.
O jovem Gleidson Lima Carneiro, de 15 anos, também teve ferimentos leves, mas não precisou ser atendido no hospital.
Versão da torcida
Nesta segunda-feira, em Riachão do Jacuipe, nossa reportagem esteve com Jailson Carneiro, pai de alguns envolvidos, que considerou o caso “uma imprudência” de todos. “Ele não podia estar apitando uma partida com uma arma na cintura. Se não tivesse segurança, que chamasse a policia ou a organização e não fazer o que fez”, frisou.
O jovem Gleidson Lima confirmou que houve a confusão, mas a atribuiu à má condução da partida por parte do juiz Orlando Soares. “Ele estava errando tudo e revoltou alguns torcedores. A confusão só começou porque ele expulsou um jogador do Nova Esperança sem motivo”, disse o jovem. Nossa reportagem não localizou o árbitro Orlando Soares para ouvir a sua versão.Da redação do Interior da Bahia
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