Após anunciar dois novos programas esta semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou nesta quinta-feira quais serão as estratégias adotadas pela pasta para combater eventuais desvios de recursos. No caso do programa Melhor em Casa, o cadastro das equipes de profissionais de saúde terá de ser atualizado mensalmente. No programa SOS Emergências, serão realizadas auditorias prévias para comprovar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
"Fizemos uma grande política - e vamos continuar - de combate ao desperdício dos recursos na saúde", disse, ao participar de entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Segundo ele, apenas a centralização da compra de medicamentos permitiu uma economia de cerca de R$ 600 milhões no primeiro semestre deste ano.
Cada hospital incluído no SOS Emergência terá ainda um núcleo de acesso e qualidade, responsável por elaborar um diagnóstico das medidas implementadas. "Para mudar a realidade de uma urgência e emergência ou de um pronto-socorro é preciso, às vezes, ampliar os leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), ter enfermarias de retaguarda, ampliar as UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) 24 horas", explicou.
De acordo com o ministro, o cadastro de equipes que trabalham para a pasta permitiu, por exemplo, o cruzamento de dados de médicos do Saúde da Família. Após a comprovação de que alguns registros profissionais estavam sendo utilizados em mais de um município, 3, 5 mil equipes foram descredenciadas do programa. Fraudes detectadas pelo cadastro também levaram ao afastamento de mais de 2 mil equipes do Saúde Bucal e de 16 mil agentes comunitários de saúde este ano.
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