Na Itália, feriados foram cancelados para aumentar a produtividade. Na Espanha, viúvas deixaram de receber parte dos benefícios sociais e 2,5 mil professores foram demitidos. Na Grécia, os salários de funcionários públicos foram cortados em até 15%. Na Irlanda, o seguro-desemprego passou a ter validade de apenas um ano e não será mais concedido de forma indefinida.
Nos últimos meses, governos vêm anunciando cortes profundos em seus gastos. Agora, essas medidas começam a ser implementadas e cidadãos e sindicatos denunciam o desmonte dos benefícios sociais estabelecidos nesses países nas últimas décadas.
Na Espanha, o governo anunciou nesta semana o corte em seu orçamento de mais 5 bilhões de euros. Metade virá da redução de compras de remédios. Mas neste mês uma parte da população já terá uma renda menor.
Viúvas da região de Castilla La Mancha que recebiam uma pensão acima de 1 mil euros perderão parte de seus benefícios a e passarão a ter um teto em sua renda. A estimativa é de que 32 mil viúvas serão afetadas, gerando uma economia para o Estado de 14 milhões de euros.
Educação
A educação também sofre: 2,5 mil professores interinos serão demitidos na região de Madri. Os professores titulares terão de assumir mais aulas e mais horas de trabalho.
A educação também sofre: 2,5 mil professores interinos serão demitidos na região de Madri. Os professores titulares terão de assumir mais aulas e mais horas de trabalho.
Além disso, 40 cidades valencianas elevaram a taxa do lixo em 215%. Madri aumentou o bilhete do metrô em 50%. Na Catalunha, famílias deixaram de receber a ajuda que o Estado dava por filho durante os três primeiros anos de vida. Estudantes de música e de dança tiveram suas bolsas cortadas.
Ontem, quatro sindicatos espanhóis anunciaram que deverão convocar uma nova greve geral para setembro, para denunciar as “políticas de perdas de direitos”.
Quem não fez as reformas está sendo pressionado a acelerar a adoção de novos planos. Hoje, o gabinete do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi deve se reunir para aprovar uma série de novas medidas de austeridade e para elevar a arrecadação. A meta é a de conseguir economizar 79 bilhões de euros e equilibrar as contas nacionais até 2013.
O projeto, que foi uma exigência do Banco Central Europeu para liberar recursos, prevê a privatização de empresas municipais, aumento de 20% nos impostos sobre ganhos financeiros, a elevação da idade mínima para a aposentadoria de mulheres e a transferência de todos os feriados não religiosos do país para os domingos. (* correspondente em Genebra)De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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