Como cangaceiros da modernidade, eles usaram táticas de guerrilha para enfrentar trilhas na mata. Não abrem mão do repelente, água, sucos e biscoitos na mochila. Preparados para sobreviver da Caatinga à Zona da Mata da Bahia, armas de grosso calibre e dinheiro roubado de bancos entram no kit de sobrevivência. Essas foram as táticas usadas por um grupo de dez assaltantes que roubaram na manhã de segunda-feira R$ 401 mil da agência do Banco do Brasil de Boa Nova, no Sudoeste da Bahia. Antes e depois do assalto, a quadrilha optou em se refugiar num acampamento montado em um matagal no distrito de Valentim, localizado a cerca de 25 quilômetros do centro da cidade. Esse mecanismo, segundo o tenente-coronel Jorge Couto, comandante de Policiamento Especializado da PM, é usado pelos assaltantes para dificultar a ação da polícia. “Eles usam essas áreas na zona rural porque é um lugar melhor para a fuga depois do assalto”, destacou. A tática de acampar em zonas de matagal, que já foi usada só este ano por assaltantes que roubaram agências em Iaçu, Piritiba e Formosa do Rio Preto, falhou em Boa Nova porque a polícia conseguiu prender um dos ladrões do grupo contratado para dar o “baratino” na polícia durante a fuga do bando. A poucos metros de uma mata onde estavam os homens armados com fuzis e metralhadoras, os PMs abordaram Valter Pereira Carvalho Junior, 23 anos, quando ele caminhava numa estrada de barro e manuseava combustível para atear fogo nos carros usados pelos assaltantes. Informações do Correio.
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