A audiência pública da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, realizada nesta sexta-feira (12), em Itabuna, representou um avanço, na opinião do prefeito Capitão Azevedo. Ele diz ter visto na agenda de debates uma evolução para a retomada da gestão plena da saúde e a manutenção do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães sob o controle do município.
A audiência, no auditório da Unime, foi comandada pelo deputado estadual José Arimatéia, que preside a comissão, e contou com a participação dos parlamentares coronel Gilberto Santana, Augusto Castro e Eures Ribeiro, além do superintendente de Saúde da Família da Sesab, Alfredo Boa Sorte.
O prefeito destacou a oportunidade de ampliar o debate sobre a questão da saúde em Itabuna, lembrando que o Hospital de Base enfrenta os mesmos problemas das demais unidades como o Cemepi, São Judas, Maternidade Ester Gomes e a própria Santa Casa de Misericórdia. “Nós não precisamos nomear culpados, mas encontrar soluções para os problemas da saúde de Itabuna e que são conhecidos pela Sesab”, declarou.
Azevedo voltou a defender a manutenção do Hospital de Base como patrimônio da população itabunense e a retomada da gestão plena da saúde. Para o prefeito, a Assembleia Legislativa cumpre um papel importante, “ao estabelecer uma ponte de negociação com o governo do estado”.
O secretário municipal da Saúde, Geraldo Magela, lamentou a falta de um representante do Conselho Municipal da Saúde na audiência e apresentou um relatório das ações desenvolvidas pelo município no fortalecimento da atenção básica.
Magela também enfatizou a resolutibilidade do Hospital de Base, que é o mais produtivo do interior e vem ampliando serviços visando à melhoria do atendimento aos pacientes. Apesar disso, o Hblem enfrenta de forma crônica a falta de recursos que deveriam ser destinados a Itabuna e pacientes de 120 municípios atendidos naquela instituição.
No mesmo encontro, falaram Gilnay Santana, que preside a Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna (Fasi), instituição mantenedora do Hospital de Base, e o diretor-médico da instituição, Cristiano Conrado, além de Hormino Nascimento, do Cemepi; José Neme, do Hospital São Judas, e José Leopoldo dos Anjos. Todos alertaram para a responsabilidade da Sesab diante do enfraquecimento da estrutura do SUS em Itabuna.
A retomada da gestão plena pelo município foi defendida pelos deputados Augusto Castro, Eures Ribeiro e Gilberto Santana. Este parlamentar também denunciou a existência de um projeto “visando à falência e ao esvaziamento da saúde itabunense, que é uma referência na Bahia, o que afeta igualmente os hospitais das redes pública e privada”.
O deputado também denunciou a existência de uma clínica itabunense que em 68 dias recebeu, da Sesab, repasses da ordem de R$ 8,7 milhões, e questionou a atuação do Conselho Municipal da Saúde na fiscalização desses valores.
A Sesab foi representada na audiência por Alfredo Boasorte. Ele declarou que o governo do estado está aberto e disposto a negociar uma solução para os problemas da saúde, e admitiu que a dificuldade não está na gestão, mas na falta de recursos para o setor. Texto: Kleber Torres Fotos: Waldyr Gomes
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