Psicanalista alerta que doença tem caráter emocional
Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista
Um drama veio à tona nesta semana através da personagem Marlene, vivida pela atriz Elisa Lucinda, na novela das 19 horas da Rede Globo: a Alopecia Areata. Mais comum do que se possa imaginar, é uma doença dermatológica autoimune que pode atingir pessoas de qualquer gênero ou idade. Mas o que vem a ser essa condição clínica? Como tratar e qual a relação com a saúde mental?
Existe vários tipos de Alopecias, sendo a Areata a que possui maior incidência entre os pacientes. Estima-se que cerca de 2% da população poderá ter pelo menos um episódio ao longo da vida, sendo que afeta tanto as mulheres como os homens e que surge mais frequentemente em crianças e adultos jovens.
Apesar da alopecia não provocar dor física, ela pode ter efeitos psicológicos importantes e, como tal, não deve ser desvalorizada. Ela se caracteriza por áreas localizadas de perda de cabelo ou pelos, motivada pelo estresse agudo. Mas, também existem registros de alterações hormonais, infeções e alterações súbitas da dieta, que podem desencadear a doença.
A perda de cabelos se dá em áreas de formato arredondado ou que se estendem por todo couro cabeludo. Estudos demonstram que a dinâmica tem relação direta com nossas células de defesa que criam anticorpos contra os fios do nosso cabelo, e por isso há um processo inflamatório que ocasiona a queda.
Porém, diferente do que muitos pensam, a Alopecia não é contagiosa. E através do tratamento adequado o cabelo pode crescer novamente, pois o quadro não destrói os folículos pilosos, só os mantém temporariamente inativos.