Nesta sexta, uma pesquisa feita pela Universidade de Liverpool está sendo compartilhada por pessoas que defendem a ivermectina no tratamento de Covid-19. O texto teria indicado que o vermífugo diminui o risco de morte por coronavírus. O próprio autor, no entanto, afirma se basear em quantidade insuficiente de informações. “Muitos ensaios incluídos [no estudo] ainda não foram publicados ou passaram por revisão científica", disse Andrew Hill à CNN.
O que você precisa saber
- Uma pesquisa que aponta a ivermectina como supostamente eficaz na redução da inflamação causada pelo coronavírus tem sido compartilhada
- O próprio autor do estudo diz que ele não é robusto o suficiente, que faltam dados confiáveis e que o medicamento não deve ser indicado no tratamento de Covid-19
- Defensores da ivermectina usaram a informação para espalhar que ela reduziria mortes por Covid-19 em 75%
- Médicos estão criticando a pesquisa e sua divulgação por veículos de imprensa
Já nos Estados Unidos artigo publicado não comprova eficácia da cloroquina contra Covid-19, dizem agências de checagem.
Nos últimos dias, um artigo publicado pelo Jornal Americano de Medicina tem sido compartilhado por pessoas que defendem “tratamento precoce” contra a Covid-19. O estudo, publicado originalmente em agosto do ano passado, ganhou visibilidade depois de ser mencionado por membros do governo federal, incluindo o presidente Jair Bolsonaro. Agências de checagem e o próprio editor-chefe da publicação afirmam que o artigo não comprova a eficácia de medicamentos como a cloroquina.