O próprio processo eleitoral de 2020 pode promover uma segunda onda do coronavírus no Brasil, devido ao tamanho do pleito e número de pessoas envolvidas na organização. Quem faz o alerta é a Confederação Nacional de Municípios (CNM), que realizou na última sexta-feira (12), uma rodada de debates sobre as eleições municipais deste ano no país.
Segundo a entidade, uma vez que não há a previsão de um cenário seguro, diante da falta de controle da pandemia do covid-19, o Movimento Municipalista Brasileiro defende que decisão sobre uma nova data para as eleições brasileiras seja validada pela autoridade sanitária.
O debate online envolveu os presidentes de associações municipalistas de estados brasileiros e articulou a abertura de um diálogo com os líderes partidários. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, explicou que após a reunião do último dia 8 de junho, entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM), com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Barroso, serão ouvidos agora os líderes partidários do Congresso para a instalação de uma comissão parlamentar em Brasília que debaterá o tema.
A União dos Municípios da Bahia (UPB) também defendeu a mudança. O diretor da entidade, Beto Maradona, que representava o presidente da UPB, Eures Ribeiro, pediu que o Congresso e do Judiciário escutem os municípios.
“O Censo do IBGE, que é uma coisa importante para nossa economia foi cancelado, tantos eventos como o Enen foram adiados, outros países adiaram as eleições, por que manter? O congresso e o TSE não podem tomar decisões sem ouvir os municípios. Temos que exigir nossa presença nessa reunião. Não pode se tomar uma decisão entre 100, 130 deputados sem ouvir os mais de cinco mil prefeitos de todo o Brasil”, reforçou Maradona.
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