por Breno Pires | Estadão Conteúdo
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada do sigilo da delação premiada do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) e autorizou a abertura de um inquérito para apurar uma organização criminosa que se instalou na alta cúpula do governo do estado, de acordo com o relato do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Embora a totalidade dos investigados no inquérito não tenha sido revelada, Janot aponta o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, como líder da organização criminosa. "Entre os agentes políticos, destaca-se a figura de Blairo Borges Maggi, o qual exercia, incontestavelmente, a função de liderança mais proeminente na organização criminosa, embora se possa afirmar que outros personagens tinham também sua parcela de comando no grupo, entre eles o próprio Silval Barbosa e José Geraldo Riva ex-deputado estadual de Mato Grosso", afirma o procurador-geral da República, no pedido de abertura de inquérito, autorizado por Fux. A decisão do ministro do STF foi tomada nesta quinta-feira (24) e atende à solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Fux homologou (validou) a delação no dia 9, uma semana após de ter dito que ela seria "monstruosa". Segundo Janot, Silval Barbosa "menciona fatos típicos praticados por autoridades detentoras de prerrogativa de foro, dentre elas o deputado federal Ezequiel Fonseca, deputado federal Carlos Bezerra, o senador da República José Aparecido Santos, o senador da República Wellington Fagundes e o ministro de estado e Senador da República licenciado Blairo Borges Maggi". A PGR afirma que, segundo Silval, seu ex-chefe de gabinete Sílvio Cezar Correa Araújo, entre 2007