Foto: Alan Santos / Presidência da República
O presidente Michel Temer rebateu as críticas que recebe sobre seus encontros fora da agenda e tarde da noite no Palácio do Jaburu. Em entrevista ao SBT Brasil nesta quinta-feira (24), o peemedebista disse que conversa com quem "quiser, na hora que achar mais oportuna e onde quiser". A declaração foi uma resposta ao questionamento sobre seu encontro com a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que encontrou com o presidente no último dia 8 no Jaburu, fora da agenda oficial. "O fato de eu conversar com você não significa que você vai me proteger", disse, de acordo com o Estadão. Temer ainda sugeriu que é preciso "acabar com essa história que você pode conversar com as pessoas". "Quem fala que dez horas da noite é tarde deve ser porque trabalha até as seis e acha que depois das seis ninguém pode trabalhar. O presidente da República trabalha permanentemente e ele não tem local de trabalho", acrescentou. Além de Dodge, outro encontro noturno fora da agenda oficial que gerou polêmica foi com o empresário Joesley Batista. Na ocasião, o sócio da JBS, gravou o presidente em conversas sobre propina a Eduardo Cunha e tentativas de obstrução de justiça. O episódio gerou o pior momento de crise política que o governo tem atravessado. "O mais chocante ainda foi que alardeou-se uma frase com a qual eu teria concordado, a frase seria a seguinte, 'olha, estou dando dinheiro lá para ex-deputado...' e que eu teria dito 'mantenha isso'. Mas quando o áudio foi exposto, e tive acesso ao áudio, vi que a conversa era outra. Joesley disse 'eu tô de bem com ele', eu disse 'mantenha isso'. Isso me chocou muito, porque sua reputação moral que entra em pauta, entra em jogo", explicou. Por outro lado, o presidente falou também sobre a adoção do presidencialismo a partir de 2022 e que provavelmente haverá uma consulta à população por meio de referendo. "Eu acho que o Congresso tem a competência para definir por si próprio qual é o sistema que ele prefere para o Brasil. Mas é muito provável que nas discussões do parlamento se opte pela ideia de um referendo", observou. Temer também defendeu a privatização da Eletrobras, o que poderá baratear a energia elétrica, embora não existam dados concretos. BN
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