Por: Só Notícia Boa/Foto: BBC
Um teste capaz de diagnosticar o Alzheimer, décadas antes de um paciente apresentar os primeiros sintomas, pode ajudar na prevenção e tratamento prévio da doença.
Essa é a promessa de um exame que testou as funções cerebrais de pessoas de 18 a 30 anos, ao fazê-los navegar em um labirinto em realidade virtual.
De acordo com os neurocientistas alemães que fizeram o estudo, pessoas com alto risco genético de desenvolver Alzheimer puderam ser identificadas de acordo com a performance delas no teste.(foto acima)
Os resultados podem ajudar no desenvolvimento de pesquisas futuras, diagnósticos e tratamento, segundo os autores da pesquisa, publicada na revista Science.
Os cientistas, coordenado por Lukas Kunz, do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas de Bonn, disse que o grupo de alto risco navegou pelo labirinto de uma maneira diferente.
Também foi possível notar uma redução das funções cerebrais da área responsável pela memória de orientação espacial.
O estudo pode dar pistas sobre o motivo de pessoas com demência sentirem dificuldades em se localizar.
“Nossas conclusões podem fornecer novos parâmetros para pesquisas pré-clínicas a respeito do Alzheimer, além de uma explicação neurocognitiva para a desorientação espacial do Alzheimer”, diz a reportagem sobre o estudo na revista Science.
Apesar de se saber que os genes têm um papel na demência, os seus efeitos são complexos e até hoje pouco compreendidos.
Estágio inicial
Laura Phipps, da organização Alzheimer’s Research, disse que o estudo foca em jovens saudáveis com uma alta probabilidade genética de desenvolver Alzheimer, sugerindo que essas pessoas já mostram alterações em problemas de navegação espacial décadas antes da doença se manifestar.