Programa sobre prostituição foi ao ar pela TV americana (Foto: Reprodução / CBS)
O Brasil tem muito mais assunto a ser explorado do que a Copa do Mundo. Foi o que descobriu Susan Ormiston, correpondente da rede americana CBC, que fez um programa especial sobre a prostituição de adolescentes no país - uma triste realidade -, que foi ao ar na noite dessa quarta-feira (18). Susan esteve com as meninas de vida difícil no Recife, como Tanya, uma jovem que, segundo a descrição, pesa no máximo 50 quilos, e faz programas por R$ 15. "Ela alega ter 19 anos, mas é provavelmente mais jovem e admite que começou a vender seu corpo aos 14 anos. Tem dois filhos, de 3 anos e outro 2 meses. É viciada em crack. Conversei com ela ao meio-dia, uma hora que estava sem clientes. Doze horas depois ela ainda estava no mesmo local", narrou Susan.
Ela continua: "O Brasil sexy, conhecido por suas belas mulheres e abordagem liberal de sexo - a prostituição é legal por aqui - também tem um dos piores registros em todo o mundo quando se trata de exploração infantil. Sexo com meninas e meninos menores de 18 anos é um crime, mas todos os adolescentes de baixa renda vendem seus corpos. Com a Copa do Mundo acontecendo por aqui, as pessoas que tentam proteger as crianças estão trabalhando horas extras", explica Susan, que entrevistou Rubia Uchoa, da ONG Happy Child International, que atua no Brasil. "Com a chegada dos gringos em Recife - 120 mil ingressos foram vendidos a estrangeiros, as meninas sabem que eles têm dinheiro e vem ao Brasil para se divertir", disse Uchoa.