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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Por que hoje eu decidi não acelerar

Nos últimos meses, escrevi aqui sobre carreira, marca pessoal, estratégia, escolhas difíceis, reposicionamento e a eterna construção que todos nós estamos fazendo de nós mesmos. Mas hoje, curiosamente, a mensagem que eu preciso entregar não é sobre avançar. É sobre interromper. É sobre fazer o que quase ninguém ensina: pausar com intenção.

Vivemos em um tempo em que o movimento constante é romantizado. Estar sempre produzindo virou sinônimo de relevância. Estar sempre online virou regra tácita. Estar sempre entregando virou o novo normal. E, quando não estamos fazendo tudo isso, surge a sensação incômoda de que estamos ficando para trás. Mas existe algo estratégico e humanos na decisão de parar.

Pausar não é desistir. Pausar é olhar para o próprio caminho com honestidade. É entender que nenhum processo de crescimento é linear. É reconhecer que acelerações reais só acontecem depois de boas desacelerações. É saber que, por mais que sejamos ambiciosas, comprometidas e apaixonadas pelo que construímos, não somos máquinas e nunca deveríamos ser tratadas como tais.

Hoje, o que eu precisava mesmo era dizer a você que esta newsletter vai respirar. Não porque faltam ideias, e muito menos porque falta energia criativa. Mas porque toda criação precisa de espaço para maturar, reorganizar, digerir e atualizar direção. Eu não acredito em construir nada significativo no modo automático. Eu acredito em fazer com presença, profundidade e propósito.

E, para isso, eu também preciso pausar.
A próxima newsletter chegará em janeiro. Com mais clareza, mais pesquisa, mais densidade e, principalmente, mais intenção. Não será apenas uma continuidade do que escrevemos até aqui, mas um recomeço consciente. Um retorno que respeita aquilo que eu sempre ensino: trabalhar com intencionalidade é muito mais poderoso do que trabalhar apenas com intensidade.

Até lá, talvez a pausa também faça sentido para você. Talvez seja o momento de olhar para o que funcionou, o que não funcionou, o que precisa ser deixado para trás e o que merece continuar. Talvez seja o momento de recalibrar expectativas, reorganizar prioridades e lembrar que, sem pausa, nada sustenta por muito tempo. Nem estratégia. Nem criatividade. Nem a gente.

A pausa é parte do plano.

Voltamos em janeiro. Com o que realmente importa. Com aquilo que só aparece quando a gente cria silêncio suficiente para escutar.

Até breve e que você também se permita respirar.

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