Mesmo com penas mais duras, casos de violência doméstica seguem em alta; dependência financeira é um dos principais obstáculos para denúncia
Guilherme Rockett - SBT

Apesar de o crime ser considerado hediondo, com pena que pode chegar a 40 anos de prisão, os casos de violência doméstica continuam crescendo no país.
Entre 2020 e 2024, o número de feminicídios no Brasil subiu de 1.338 para 1.455 casos. Somente no primeiro semestre deste ano, 718 mulheres foram mortas.
Para a promotora Ivana Battaglin, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o enfrentamento à violência exige mais do que repressão policial.
“A mulher precisa de um lugar para ir, precisa de emprego e de condições para sustentar seus filhos”, afirmou.
Atualmente, mais de 12 mil mulheres estão incluídas no programa Maria da Penha no Rio Grande do Sul. Somente neste ano, já foram realizadas 64 mil visitas. O estado foi pioneiro na implantação da patrulha, em 2012.
Em Porto Alegre, a soldado Eduarda Maciel, da Polícia Militar, chega a realizar até 15 visitas por dia.
“A dependência financeira ainda é uma grande barreira. Muitas mulheres não têm renda própria e dependem do agressor para sustentar a casa”, explicou.
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