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Uma ex-funcionária de uma creche particular em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, escondeu um bilhete em uma mamadeira para alertar uma mãe de que o filho dela, de 2 anos, com autismo nível 2, estaria sofrendo maus-tratos. Em nota publicada nas redes sociais no sábado (13), a direção da instituição afirmou que as alegações não procedem. O estabelecimento informou que não houve prática de maus-tratos e que permanece à disposição das autoridades competentes. As informações são do G1/ Via Correio24horas.
A mãe da criança, uma técnica de enfermagem, 31, procurou a delegacia no sábado (13) para denunciar os maus-tratos. Para chamar a atenção da mãe, a ex-funcionária da creche escreveu em um bilhete, colocado na mamadeira nessa sexta-feira (12). “Me chama, preciso falar com você urgente sobre os cuidados do seu filho”. No entanto, a técnica de enfermagem não percebeu. Diante disso, a berçarista a procurou nas redes sociais e enviou fotos e vídeos. Em uma das imagens, em que a criança aparece dormindo, suada, segundo a mãe, o menino estava com fezes.
Em outra foto enviada pela ex-funcionária, é possível ver o menino sozinho, em uma sala vazia, sentado em uma cadeira de refeição, impossibilitado de sair. A criança, de acordo com o relato da ex-funcionária, era mantida isolada, sem refrigeração adequada, sob calor intenso.
A profissional ainda informou a mãe que a alimentação das crianças era mal armazenada, denunciou condições insalubres de higiene, estrutura precária para atender as crianças, e afirmou que alguns bebês dormiam no chão ou em colchões velhos e sujos. A mulher disse à reportagem do G1 que começou a suspeitar da situação após o filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresentar comportamento agressivo incomum, apesar de estar em tratamento e com medicação regular. Segundo a mãe, a reação do menino é consequência da negligência na creche.
A mãe da criança relatou que procurou a advogada para formalizar a denúncia das condutas na esfera civil, além de criminal. “Ele é criança, fico muito revoltada, indignada, eu quero ir até o fim porque isso não se faz com nenhuma criança”, lamenta a mãe. Além da técnica de enfermagem, outras três mães procuraram a delegacia na tarde de sábado para denunciar os maus-tratos contra as crianças.
Por meio de nota, a creche diz que “as alegações veiculadas são inverídicas e carecem de qualquer fundamento fático ou comprovação. Trata-se de uma tentativa clara de distorção da realidade, surgida em meio a um contexto de disputa judicial, no qual foi ingressada uma ação judicial contra os antigos proprietários, que consta em andamento.
A instituição ressalta ainda que jamais houve qualquer prática de maus-tratos, que a afirmação é totalmente infundada. Também informaram que todos os pais e responsáveis sempre tiveram acompanhamento diário, com acesso livre às dependências da escola, podendo acompanhar de perto a rotina, o bem-estar e o desenvolvimento de seus filhos.
“A creche permanece à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos adicionais e reafirma seu compromisso com a verdade, a ética e a proteção integral das crianças, repudiando veementemente a disseminação de informações falsas que possam causar prejuízos à instituição e às famílias atendidas”, finalizou, acrescentando que todas as medidas judiciais já estão em andamento.
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