Recursos esquecidos se concentram principalmente em bancos, que detêm mais de R$ 5 bilhões do montante total, seguidos por consórcios e cooperativas de crédito
Valores esquecidos. | Foto: Ilustrativa

A maior parte dos beneficiários, cerca de 40 milhões de pessoas, tem no mínimo R$ 10 a receber. Apenas um milhão de cidadãos possui saldos superiores a R$ 1 mil. Os recursos esquecidos se concentram principalmente em bancos, que detêm mais de R$ 5 bilhões do montante total, seguidos por consórcios e cooperativas de crédito.
Entre os valores disponibilizados para devolução estão saldos de contas-correntes e poupanças encerradas, cotas de cooperativas de crédito, recursos de consórcios finalizados, tarifas cobradas indevidamente, parcelas de operações de crédito, contas de pagamento encerradas com saldo e valores mantidos por corretoras e distribuidoras.
Desde a criação do SVR, em fevereiro de 2022, o Banco Central já devolveu cerca de R$ 12 bilhões aos brasileiros, entre eles R$ 8,6 bilhões para pessoas físicas e R$ 3,08 bilhões para empresas. Só em agosto deste ano, os resgates somaram R$ 396,7 milhões.
O crescimento acontece em meio a um período de maior movimentação financeira no país, marcado pelo pagamento do 13º salário e pela Black Friday, que também impulsionaram o Pix a registrar novo recorde de transações.
Inclusive, este ano, o Banco Central lançou o resgate automático de valores esquecidos em instituições financeiras. Antes da mudança, o resgate precisava ser feito manualmente para cada valor identificado. Com a nova funcionalidade, o processo será automatizado para quem optar pela adesão.
Como consultar valores esquecidos
Acesse valoresareceber.bcb.gov.br;
Informe o CPF ou CNPJ para consulta;
No caso de herdeiros, é necessário indicar a data de nascimento do falecido;
Para solicitar o resgate, é preciso entrar com uma conta Gov.br nível prata ou ouro;
Após o login, o sistema mostra o valor disponível e a instituição responsável pela devolução;
A opção “Solicitar por aqui” envia o valor via Pix em até 12 dias úteis;
A opção “Solicitar via instituição” é destinada a quem não possui Pix — o contato deve ser feito diretamente com a instituição financeira;
O Banco Central recomenda guardar o número de protocolo.
Com o aumento das consultas e resgates, também crescem as tentativas de golpe. O Banco Central reforça que:
Todos os serviços do SVR são gratuitos;
O órgão não envia links, mensagens de WhatsApp ou solicitações de dados pessoais;
Nunca se deve fornecer senhas ou códigos de autenticação;
Apenas a instituição listada no sistema pode fazer contato com o beneficiário.
O Banco Central orienta que mensagens suspeitas sejam ignoradas e que o cidadão sempre utilize apenas os canais oficiais para evitar fraudes.
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