Ministro afirmou que após o 2º turno os protestos cresceram muito rápido e que ‘não havia a menor possibilidade de interromper essa disparada’
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) vê com desconfiança a atuação do ministro da Justiça, Anderson Torres, na coordenação do desbloqueio das estradas brasileiras pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), corporação que está vinculada à pasta comandada por ele.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Torres classificou a situação nas rodovias como difícil e afirmou que a crise poderia escalar, dando a impressão, para as autoridades em Brasília, de que não está empenhado para resolver o problema.
Apesar do STF ver omissão do ministro no comando da PRF, ele alega que “a velocidade com que aumentaram foi assustadora. Não havia a menor possibilidade de interromper essa disparada”. Segundo ele, os policiais se empenharam sim para deter os manifestantes e liberar as estradas.
“A PRF emendou as operações do fim de semana direto já com as da segunda. Reforçamos o efetivo em mais 40% para auxiliar, mas acaba que você leva um tempo variável para desbloquear uma rodovia, a depender da complexidade do bloqueio, e, nesse meio tempo vários outros vão surgindo”, disse ele à coluna.
Sobre os vídeos que mostram agentes da PRF colaborando e confraternizando com bolsonaristas que bloqueavam as rodovias, ele minimizou. “Cada cenário tem uma particularidade. É difícil julgar. Muitas vezes, e ainda mais quando você é minoria, criar uma empatia com os manifestantes é a melhor forma de buscar resolver a questão. Mas quando aparece um vídeo deles juntos, parece que a solução do problema não está em andamento”, justificou.
“Quando há centenas de pessoas versus uma dezena de policiais, você tem que usar outras formas de dissuadir. Sempre deixando a força para a última opção e, mesmo assim, tem que haver uma proporção numérica considerável para ter a vantagem”, concluiu.
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