Especialistas de três universidades públicas endossaram nessa segunda, 21/11, a relevância do planejamento contra os alagamentos causados por chuvas em Itabuna. A microdrenagem urbana foi tema de audiência na Câmara Municipal, a pedido do presidente da Casa, Erasmo Ávila (PSD). "As sugestões dos especialistas vão embasar os vereadores na apreciação de matérias orçamentárias no sentido da destinação de recursos", declarou.
Em linhas gerais, os pesquisadores correlacionaram microdrenagem e processo de urbanização. Ainda frisaram a atualização de marcos legais (como o Plano Diretor), a educação ambiental no descarte de resíduos (como geladeiras, sofás e pneus) e a capacidade institucional dos órgãos públicos, ou seja, a capacitação das equipes envolvidas. O pesquisador da Uesc, Omar Costa, por exemplo, sugeriu a regularização fundiária de áreas de risco.
O doutor em desenvolvimento regional, José Wildes dos Santos, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), ressaltou a previsibilidade das chuvas em Itabuna entre fevereiro e outubro (os dados pluviométricos cobrem um intervalo de 80 anos). E o docente da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Narcísio Cabral, propôs aumentar a capacidade de escoamento das águas pluviais substituindo tubulações e ampliando canais.
Pela Prefeitura de Itabuna, discursaram a secretaria de Planejamento, Sônia Fontes; o superintendente de Serviços Públicos, Sousa Lino; e os coordenadores Kaique Brito (Defesa Civil) e Rosivaldo Pinheiro (programa Recicla Itabuna). Em síntese, o Governo informou que monitora áreas alagáveis, recolhe resíduos sólidos em domicílio e desobstrui canais. A Prefeitura reconhece que o sistema de microdrenagem precisa de reformas. A gestão municipal busca financiamento internacional para obras de drenagem urbana.
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