O valor da gasolina nos postos já passa de R$ 5 em nove estados e no Distrito Federal, segundo ANP
Preço da gasolina volta a subir / Tomaz Silva / Agência Brasil
O preço médio da gasolina nos postos voltou a subir. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o valor já passa de R$ 5 em nove estados e no Distrito Federal. Na semana passada, o combustível foi vendido, em média, a R$ 4,91 por litro.
Em relação a semana anterior, a alta na gasolina foi de 0,6%. A sequência de aumentos ocorre após 15 semanas de queda, provocadas pelos cortes nos impostos federais e estaduais no fim de junho e, depois, por reduções de preços nas refinarias da Petrobras.
A Petrobras vinha segurando repasses da alta das cotações internacionais aos preços internos para que não impactasse negativamente na campanha de Jair Bolsonaro (PL), que buscava a reeleição. No entanto, a alta do etanol vem impactando o preço de bomba da gasolina.
Nesta terça-feira (1º) completou-se dois meses do último ajuste no preço do combustível nas refinarias da Petrobras, uma queda de 7%. A falta de aumentos em um momento de alta do petróleo vem gerando elevadas defasagens em relação às cotações internacionais.
Abicom calcula defasagem no preço da gasolina
A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) calculava, na abertura do mercado desta segunda (31), a defasagem do combustível em 16%, ou R$ 0,63 por litro. Já o diesel estava 25%, ou R$ 1,62 abaixo da paridade de importação —baliza em relação às cotações internacionais.
De acordo com a "Folha de S.Paulo", essa é a maior defasagem no preço da gasolina desde o dia 15 de junho. No caso do diesel, é a maior desde 29 de abril.
Segundo a ANP, o preço do diesel caiu 0,4% nas bombas, para R$ 6,56 por litro. Na semana retrasada, o combustível havia registrado a primeira alta em 16 semanas. A Petrobras não mexe no preço do diesel desde meados de setembro.
O etanol hidratado subiu 2,5%, para R$ 3,63 por litro. Já o preço do gás de cozinha permaneceu praticamente estável, em R$ 109,86 por botijão de 13 quilos.
Durante reunião do conselho de administração na última semana, a direção da companhia defendeu que os preços da gasolina e dos demais combustíveis estão alinhados às cotações internacionais. O Conselho, formado por membros aliados a Bolsonaro, não questionou.
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