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terça-feira, 8 de novembro de 2022

Ficar pendurado foi um ato de defesa, diz ‘patriota do caminhão’

'Estava convicto que aquele era o meu último dia de vida', disse o empresário em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo
Foto: Leo Caldas/Folhapress
O empresário Junior Peixoto, 41, que ficou conhecido como o ‘patriota do caminhão’, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que se pendurou no veículo como uma forma de defesa, e não para tentar impedir a passagem durante um bloqueio na BR-232, em Pernambuco. Natural de Caruaru, no agreste do estado, Peixoto se disse incomodado com a exposição desde o ocorrido.

Segundo Peixoto, ele foi até os pontos de manifestações levar refeições e água para os participantes, na BR-232. Ainda segundo Peixoto, ao chegar ao bloqueio, os manifestantes estavam conversando sobre a desobstrução de uma das duas faixas da rodovia. Pneus e pedras começaram a ser retirados, para permitir a passagem dos veículos.

“Então, quando começaram a liberar eu escutei quando o motorista colocou a marcha no caminhão. Virei para ele e acenei. Eu estava a uma distância de 2 metros do caminhão e gesticulei pedindo um pouco de paciência. Não sei se ele interpretou isso errado, pensou que iria fechar a BR novamente, e aí ele acelerou”, conta o empresário.

De acordo com Peixoto, como ele já estava com as mãos levantadas e gesticulando, a reação imediata foi segurar o limpador do para-brisas. “Graças a Deus que eu tive essa reação, porque hoje eu poderia estar morto. Ele acelerou a máquina para o meu lado e veio com tudo”, afirmou. No entanto, no vídeo que relata o caso nas redes sociais, o motorista do caminhão afirma que “o cara subiu aí e disse que não vai descer”.

Segundo Peixoto, ele percorreu cerca de 6 quilômetros agarrado ao caminhão, trajeto que teria durado cerca de oito minutos. Ele disse acreditar que, em algum momento, o veículo tenha passado dos 100 km/h, o que o deixou bastante assustado. “Quando o caminhão começou a desenvolver velocidade, eu estava certo que iria morrer. Estava convicto que aquele era o meu último dia de vida”, disse.

Conforme ele, em nenhum momento houve diálogo com o motorista. “Fixei o olhar, por umas duas ou três vezes, e perguntei: ‘você vai me matar, não é?’ Aí, acho que começou a pesar na consciência dele e ele começou a parar.”

Após descer do veículo, em um trecho mais afastado do centro, Peixoto afirmou ter conseguido carona para voltar à cidade e, posteriormente, chegar em casa.

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