Foto: Sandra Travassos / AL-BA
O deputado estadual Adolfo Menezes, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), criticou duramente, nesta quinta-feira (2), o gasto de gestões municipais em grandes shows musicais. O parlamentar defendeu que o Ministério Público investigue a fundo os cachês pagos por prefeituras a artistas.
“A festa é importante, mas tem que ter limites. São 30 milhões de pessoas que voltaram pra baixo da linha da pobreza, gente que não tem dinheiro pra comprar um botijão de gás e se gastar milhões com o cachê de um só artista é escandaloso, é um acinte. É uma irresponsabilidade gastar milhões com Gusttavo Lima – que nem cantor de forró é – quando muita gente está passando fome”, criticou Menezes.
Adolfo defendeu ainda que o Congresso Nacional tome providências na questão, modificando a Lei de Licitações e estabelecendo limites para a contratação de artistas através das prefeituras, mas sem desrespeitar a autonomia de estados e municípios.
“A Lei Rouanet é motivo de muitas críticas, mas ela estabelece limites e contrapartidas, é realizada através de dedução do Imposto de Renda, em patrocínio privado, enquanto a contratação de shows e artistas pelas prefeituras é com dinheiro público, sem critério nenhum, com indícios de superfaturamento e possível pagamento de propinas. Há que se respeitar a autonomia dos municípios e estados, mas tudo tem limite”, continuou Adolfo.
O presidente da AL-BA também aproveitou para dar mérito à funkeira carioca Anitta, que teria feito um serviço ao Brasil ao suscitar o assunto.
"Muitos artistas foram acusados, através de fake news, de receber recursos através da Lei Rouanet. Agora, Anitta fez o país descobrir o rombo causado pelos cachês pagos pelas municipalidades a sertanejos e afins. O Ministério Público e os tribunais de contas têm mesmo que fiscalizar e acabar com mais essa vergonha no país”, finalizou Menezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário