Segundo ele, aumento de 5% custaria em torno de R$ 7 bilhões, o que "atrapalharia o funcionamento do Brasil"
Foto: Reprodução, Instagram/@jairmessiasbolsonaro
Para evitar atrapalhar o “funcionamento do Brasil”, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, nesta terça-feira (7), que não dará reajuste a servidores federais em 2022. A previsão do chefe do Executivo era conceder um reajuste de 5% para as carreiras, o que custaria algo em torno de R$ 7 bilhões.
“Algumas categorias pedem reestruturação. Agora, quando você fala em reestruturar uma carreira, as outras não admitem sem que a delas também seja reestruturada. Não tem recurso para tal. E se você dá esses R$ 7 bilhões agora, que seria 5% de reajuste, você vai para R$ 16 bilhões dentro do teto. Você vai pegar o Ministério da Infraestrutura, por exemplo, vai demitir daqui a 20 dias 20 mil pessoas e as obras vão parar. Você vai ter um corte que vai atrapalhar o funcionamento do Brasil”, apontou o presidente.
“Então, eu lamento. Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, a LOA, que, para o ano que vem, teremos reajustes e reestruturações”, concluiu.
Na segunda-feira (6), o Ministério da Economia informou que o segundo bloqueio nos gastos dos ministérios será de R$ 6,96 bilhões, menor que os R$ 8,2 bilhões anunciados em maio. A redução foi possível porque o governo federal desistiu de reserva R$ 1,74 bilhões destinados ao pagamento de reajuste de servidores.
Além disso, o montante oferecido anteriormente pelo governo aos servidores públicos não foi aceito por estar abaixo do esperado pelas categorias que vêm deflagrando greves e paralisações desde o começo do ano.
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