O aumento no preço do combustível é visto por membros da campanha do presidente como o principal obstáculo à reeleição
Foto: Kelly Fuzarod/ Band
Considerado a pedra no sapato do governo, a alta dos preços dos combustíveis tem incomodado o presidente Jair Bolsonaro (PL), que decidiu, mais uma vez, reagir e anunciou um amplo pacote de medidas para tentar mitigar os efeitos do problema. O aumento no preço do combustível é visto por membros de sua campanha como o principal obstáculo à reeleição.
Três meses após zerar as alíquotas de PIS e Cofins, dois tributos federais, sobre o diesel e o gás de cozinha até dezembro de 2022, Bolsonaro anunciou a ampliação do alcance da medida e vai desonerar tributos federais também sobre a gasolina. Segundo o presidente, serão zeradas as alíquotas de PIS/Cofins e Cide.
Pressionado pelo Congresso Nacional, o presidente também anunciou a disposição do governo federal em patrocinar um repasse de recursos aos estados em troca de eles zerarem as alíquotas do ICMS sobre diesel e gás de cozinha até o fim do ano.
Para abrir caminho à transferência de recursos, o governo buscará a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para autorizar que a despesa fique fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.
Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde o ano passado, a alta no preço dos combustíveis é a principal preocupação do governo e tornou-se também a da campanha de reeleição do presidente.
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