A Americanas é controladora de sites de comércio eletrônico e da fintech Ame, além de possuir uma extensa rede de lojas físicas pelo país
por Redação BP Money
O grupo varejista Americanas (AMER3) demitiu cerca de 400 funcionários nos últimos dois meses de forma faseada, de acordo com o layoffsbrasil.com, site de recolocação de profissionais de tecnologia.
Em nota, segundo a Reuters, a Americanas afirmou que “como uma das maiores empregadoras do país e com mais de 43 mil colaboradores em todas as regiões, ajustes de quadro e adequação de perfis profissionais garantem eficiência e a estratégia de longo prazo em seus negócios”.
A Americanas é controladora de sites de comércio eletrônico e da fintech Ame, além de possuir uma extensa rede de lojas físicas pelo país.
A notícia vem no momento em que empresas de alto crescimento e do setor de tecnologica têm anunciado demissões e refeito planos de crescimentos no Brasil, em meio ao cenário recente de juros mais altos e inflação elevada.
Há menos de uma semana, o Fed (banco central norte-americano) anunciou a elevação da taxa de juros nos EUA em 0,75 ponto percentual e endureceu o tom sobre as suas políticas para conter a inflação. Mais do que isso, a tese sobre uma possível recessão no País vem ganhando cada vez mais força no mercado.
Por aqui, a situação não está muito melhor. O Copom reconheceu na ata publicada nesta terça-feira (21) que o patamar de juros no Brasil deve se manter por mais tempo que o esperado, colocando o cenário de referência para a Selic na casa dos 10% ao ano para 2023.
Em maio, a Americanas informou que teve prejuízo de R$ 238,2 milhões no primeiro trimestre, mesmo com aumento das vendas, em meio a um forte piora do resultado financeiro, com o efeito do juro mais alto sobre o custo da dívida.
Não é só a Americanas que precisou realizar demissões. Nesta terça-feira (21), a fintech de pagamentos Ebanx anunciou a demissão de 340 funcionários, cerca de 20% do total de empregados.
Um a um, os funcionários foram chamados para reuniões de anúncio sobre os desligamentos. A notícia, informa uma fonte ouvida pelo BP Money, estaria ligada a “mudanças nas regras de negócio”, como teria sido alegado pela startup curitibana.
Assim como a Americanas, o Ebanx emitiu um comunicado à imprensa confirmando os cortes e associando a decisão a uma “revisão em sua operação, reforçando o foco no que sempre foi seu core business: pagamentos internacionais.”
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