Foto: Reprodução / Twitter
Os suspeitos do ataque ao ônibus do Bahia foram identificados pela polícia. Em entrevista à TV Bahia, nesta quarta-feira (9), a delegada Francineide Moura, titular da 6ª Delegacia Territorial (DT) de Brotas, confirmou a informação. De acordo com ela, os envolvidos responderão por tentativa de homicídio.
"Eu tenho um prazo de 30 dias para concluir esse inquérito. Nós temos duas semanas. Meu prazo legal é de 30 dias para concluir. Então estou dentro do prazo. Claro que existe toda a expectativa, o tempo está passando, “vai cair no esquecimento”. Isso não vai acontecer. O inquérito vai ser concluído dentro do prazo. Se necessário, nós vamos pedir prorrogação. E essas pessoas vão responder por tentativa de homicídio", afirmou.
Francineide confirmou que todos os suspeitos são ligados à Bamor, maior torcida organizada do Bahia. Eles já foram entimados. A torcida não contribuiu com a investigação.
"A princípio, todos fazem parte da torcida organizada Bamor. Conseguimos identificar, pelo trabalho da polícia, não porque eles [membros da Bamor] colaboraram. Em momento algum colaboraram, nem o presidente da Bamor ou as pessoas envolvidas. Eles chegaram aqui, deram alguns codinomes e, fora isso, não deram mais colaboração. Através do trabalho das polícias Civil e Militar que estamos avançando nas negociações", pontuou.
Punições à Bamor cabem ao Ministério Público, segundo a delegada. O órgão já foi acionado e acompanha o caso, distribuído ao promotor e Justiça Luciano Assis, que atua na 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri em Salvador.
"É interessante. Os motoristas dos dois veículos alegam que iam participar de um "baba" que eles fazem toda quinta-feira, e teriam ido para a Avenida Bonocô para encontrar outras pessoas, outros membros da torcida, para irem juntos para esse local. Nem todos teriam carro para se deslocar. Então, eles não saberiam da situação, estavam ali apenas para encontrar essas pessoas, depois de um certo momento, os responsáveis por arremessar os explosivos disseram para sair do local, pois haviam atirado rojões. Todos eles negam que tivessem conhecimento da ação", revelou Moura.
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