Imagem arquivo - Lula na Avenida Paulista em 2017 - Ricardo Stuckert
Fontes ouvidas pelo Brasil de Fato confirmaram na quinta (10) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende anunciar sua candidatura à Presidência em um grande evento em São Paulo (SP) no sábado, 9 de abril.
Um dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo confirmou que o evento será em abril, mas preferiu não cravar o dia. Outra fonte confirmou que será dia 9 de abril, data próxima à da prisão de Lula, em 2018, para marcar o aniversário de quatro anos. A intenção é que seja um grande evento. Entre os possíveis locais, a praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, ou a Praça da Sé, marco zero de São Paulo e local histórico de manifestações, incluindo a das Diretas Já, de 1984.
A praça Charles Miller foi o local onde, em dezembro de 1989, Lula encerrou sua campanha às eleições presidenciais, na qual ficou na segunda colocação. Naquele dia, ele recebeu o apoio de adversários políticos, como o tucano Bruno Covas e Miguel Arraes (PMDB).
O acordo teria sido firmado em reunião nesta quinta-feira (11), com a presença de Luiz Marinho, ex-presidente do PT. Os detalhes do evento devem ser definidos nos próximos dias por uma comissão do partido.
O ex-mandatário foi preso no dia 7 de abril de 2018, após ter a prisão decretada, pelo então juiz Sergio Moro, responsável por julgar os casos da Lava Jato.
A ordem de detenção foi expedida após esgotamento dos recursos na segunda instância e, valendo-se do entendimento do STF - revertido posteriormente - que garantia a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância.
Antes de se apresentar às autoridades de Curitiba, o ex-presidente fez um discurso emocionado à militância petista e de movimentos populares de esquerda que cercou o local onde estava, o sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
Lula prometeu resistir à injusta prisão e seguir lutando para provar sua inocência.
"Não adianta tentarem evitar que eu ande por esse país, porque já existem milhões de Lulas, de Manuelas, de Boulos. Não adianta tentar acabar com as minhas ideias, elas já estão pairando no ar e não têm como prendê-las. Não adianta parar o meu sonho, porque quando isso acontecer, eu sonharei pela cabeça de vocês", discursou. Edição: Rodrigo Durão Coelho
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