Lula admite ‘preocupação’ com possibilidade de ser assassinado em campanha

Apesar da “preocupação”, ele acha que o povo brasileiro vai dar um golpe e vai restabelecer a democracia

Foto: Ricardo Stuckert/PT

O pré-candidato do PT a Presidência da República, Lula, afirmou que tem “preocupação” com a possibilidade de ser assassinado durante a campanha eleitoral deste ano. A afirmação foi dada durante entrevista na terça-feira (15) a uma emissora de rádio da cidade de Patos, na Paraíba.

A apresentadora do programa lembrou o petista da afirmação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que disse em fevereiro que Lula poderia sofrer um atentado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Como resposta, Lula atacou Bolsonaro e relacionou o presidente a milicianos que, “quem sabe”, segundo ele, teriam tido relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. No fim da resposta, o ex-presidente reconhece que fica preocupado com a possibilidade de atentados e diz ainda que o “povo brasileiro vai dar um golpe nesse país e vai restabelecer a democracia”.

“Todo mundo sabe o tipo de político que é Bolsonaro. O cidadão que não é capaz de fazer um gesto pela educação, de fazer um gesto para combater a covid, o presidente que não gosta de sindicato, mulheres, quilombolas, negros, estudantes. Ele só gosta de violência, o negócio dele é relação apodrecida com uma parte dos milicianos que, quem sabe, foram quem mataram a Marielle. Eu tenho preocupação, mas como sou uma pessoa de muita fé, eu, sinceramente, acho que o que vai acontecer é que o povo brasileiro vai dar um golpe nesse país e vai restabelecer a democracia, será a morte política de Bolsonaro pela mão dos eleitores”, disse.