Parlamentares que defenderam adiamento da votação da proposta relataram tentativas de intimidação
Foto: Antônio Augusto/Agência Câmara
Entidades e organizações divulgaram uma nota nesta segunda-feira (14) em que repudiam ameaças e ataques a senadores que se posicionaram contra o projeto de lei que flexibiliza o acesso a armas de fogo por colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). Ao todo, 19 entidades se juntaram.
Na nota divulgada pelo Instituto Sou da Paz, as entidades classificam os atos contra os congressistas como “inadmissíveis”. “Que o debate seja feito […] por parlamentares eleitos, não há o que contestar. Mas que aqueles ou aquelas parlamentares que denunciam os verdadeiros interesses dos que promovem esta proposta sejam atacados pelo livre exercício de seus mandatos, justamente por pessoas que defendem o acesso a armas de alto potencial lesivo, é inaceitável”, diz o documento divulgado pelas organizações.
No comunicado, as entidades também afirmam que a proposta contém previsões que “desmontam completamente a política de controle de armas e munições do país”.
Entenda
Na última quarta-feira (9), os parlamentares defenderam o adiamento da votação do projeto.
Após o adiamento, os senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA), Simone Tebet (MDB-MS) e Eduardo Girão (Pode-CE), contrários à proposta, relataram que eles e outros senadores foram alvos de ataques e ameaças na Internet (veja mais abaixo).
Segundo o G1, os investigadores já identificaram dois suspeitos. Um deles teria feito ameaças contra as senadoras Eliziane Gama e Simone Tebet. O outro teria realizado ataques, por e-mail, ao senador Eduardo Girão.
Um inquérito para investigar os ataques foi aberto pela Polícia Legislativa do Senado. O prazo para conclusão das investigações, que correm sob sigilo, é de 30 dias.
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