Foto: Reprodução / TV Brasil
Menos de 2% dos bebês nascidos de mães infectadas com Covid-19 testam positivo na época do nascimento, aponta uma pesquisa publicada na quarta-feira (16) pelo portal The BMJ.
Embora o risco de transmissão seja extremamente baixo, os resultados sugerem que os bebês de mães com infecção mais grave podem ter maior probabilidade de testar positivo.
Conforme noticiou o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, os pesquisadores descobriram que medidas como cesarianas, separação mãe-bebê no nascimento ou alimentação com fórmula para evitar a transmissão do vírus aos bebês não influenciaram nas taxas de contaminação.
Metodologia
A equipe de pesquisadores revisou quase 500 estudos envolvendo mães com Covid-19 que procuraram atendimento hospitalar. No geral, 1,8% dos 14.271 bebês nascidos de mães com infecção também testaram positivo.
Os pesquisadores conseguiram informações sobre o momento da exposição e a tipo para 592 bebês positivos. Entre eles, 14 tiveram transmissão de mãe para filho confirmada: sete antes do nascimento (ainda no útero), dois durante o trabalho de parto (intraparto) e cinco durante o período pós-natal precoce (até 10 dias após o nascimento).
Segundo a pesquisa, os bebês estavam mais propensos a testar positivo para Covid-19 se suas mães tivessem caso grave, fossem internadas em uma unidade de terapia intensiva, desenvolvessem uma infecção ou morressem logo após o parto.
A variação encontrada entre os trabalhos também sugeriu que, quando medidas preventivas adequadas são tomadas durante o período intraparto e pós-parto precoce, como o uso consistente e adequado de equipamentos de proteção individual, a infecção do recém-nascido é improvável.
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