Associação dos motoristas protocolou pedido no TRF-1 para suspender cálculo dos reajustes da estatal
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) protocolou, no último sábado (12), um pedido no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, do Distrito Federal, solicitando a suspensão da Política de preços da Petrobras.
Em nota, assinada por Wallace Landim, o Chorão, a Abrava afirma que cada aumento dos combustíveis “estrangula” os brasileiros, porque reflete nos preços de alimentos e remédios, entre outros itens. “Não somos contra a Petrobras ter lucro. O que não aceitamos é que ela tenha um lucro de 1.400% em detrimento do sofrimento dos brasileiros, e principalmente daqueles que trabalham com transporte”, diz a nota.
A política de Paridade do Preço Internacional, em vigor desde outubro de 2016, leva em consideração o valor do barril de petróleo no mercado internacional e da cotação do dólar. Na semana passada, a estatal aumentou os preços nas refinarias em 24,9% para o diesel e 18% para a gasolina. A decisão ocorreu após a disparada do barril de petróleo no mercado internacional. Após a invasão da Rússia à Ucrânia e o embargo americano ao petróleo exportado pelos russos, o barril beirou os US$ 140. Apesar do recuo no início desta semana, o barril do tipo Brent opera acima dos US$ 100, patamar que se encontra há duas semanas.
Wallace pede a mobilização de toda a sociedade por um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), e não apenas dos caminhoneiros. “A população tem que se conscientizar. O povo, seja de esquerda ou de direita, está sofrendo. A gente precisa se unir e cobrar a melhora do nosso país”, diz ele, uma das lideranças da categoria na greve dos caminhoneiros em 2018, durante o governo de Michel Temer. Landim rechaça as alternativas para o mercado que estão sendo discutidas no Senado. “Um dos textos que está para ser votado fala em uma bolsa-combustível de R$ 300. O caminhão faz dois quilômetros a cada litro. Você acha que vai ajudar em alguma coisa?”, indaga.
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