Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, enfatizou que, mesmo em meio à crescente propaganda anti-russa no Ocidente, a ideia de expulsar a Rússia das Nações Unidas "continua sendo marginal". Jornal Grande Bahia
Nenhum cenário de expulsão da Rússia das Nações Unidas será possível, porque o Conselho de Segurança da ONU não poderá emitir tal recomendação, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em entrevista coletiva na quinta-feira (17/03/2022).
“Nenhum cenário de retirar a Rússia de sua participação na ONU é possível por definição. O Artigo 6 da Carta da ONU prevê a possibilidade de expulsar um país da ONU com base na decisão da Assembléia Geral seguindo uma recomendação do Conselho de Segurança da ONU. Mas é improvável que o Conselho de Segurança dê tal recomendação, porque a aprovação da resolução correspondente requer não apenas o apoio de nove membros, mas também o consentimento dos cinco membros permanentes com direito de veto. A Rússia é um membro deste quinteto”, Zakharova disse.
Ela enfatizou que, mesmo em meio à crescente propaganda anti-russa no Ocidente, a ideia de expulsar a Rússia das Nações Unidas “continua sendo marginal”. Zakharova lembrou que o lado ucraniano começou a se entregar a essas insinuações muito antes de fevereiro.
“Washington e seus asseclas seguindo seus passos, que apoiaram a introdução de sanções contra nosso país, não constituem uma maioria simples na Assembleia Geral da ONU, muito menos uma maioria qualificada de dois terços. Todos os outros membros da comunidade mundial confirmaram a prontidão para ter relações construtivas e mutuamente benéficas com nosso país, desafiando a pressão e a chantagem grosseira do Ocidente coletivo”, disse Zakharova.
Ela alertou que, se os Estados Unidos prosseguissem com as tentativas de impor sua posição por meio de chantagens e ameaças diretas contra outros estados membros da ONU, a organização enfrentaria uma dura questão se seria capaz de sobreviver em uma situação como essa. Ela enfatizou que a adoção de quaisquer decisões por maioria de votos alcançada pela força era característica não das Nações Unidas, mas de alianças como a OTAN.
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