A população infantil além de sofrer do excesso de peso e má alimentação, também está enfrentando a anemia ferropriva, um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil. A seguir, segue um release sobre o tema e caso queiram entrevistar o nutricionista estamos à disposição.
Anemia Ferropriva ainda é um problema de saúde pública no Brasil
Nutricionista alerta sobre os perigos da falta desse nutriente para o organismo
Antônio Wanderson Lack de Matos é responsável pelo setor de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI)
Você sabia que a anemia é um sinal de que algo pode não estar bem com o seu organismo? A anemia acontece quando há um desequilíbrio dos níveis de hemoglobina no sangue e tem origem por diversos motivos como: algum tipo de problema na medula óssea, hemorragias; deficiência de ferro (conhecida como anemia ferropriva); doença autoimune; doença que cause a morte prematura das hemácias, falta de vitamina B12 ou B6, gravidez e doenças crônicas.
A anemia por deficiência de ferro por exemplo é a mais comum das carências nutricionais, com maior prevalência em mulheres e crianças, principalmente nos países em desenvolvimento.
Esse é considerado um sério problema de Saúde Pública, por prejudicar o desenvolvimento mental e psicomotor do indivíduo, causar aumento da morbimortalidade materna e infantil, além de influenciar na queda no desempenho do trabalho e redução da resistência às infecções.
Uma pesquisa feita na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e publicada em setembro de 2021, no periódico científico Public Health Nutrition reuniu informações sobre a saúde de 46 mil indivíduos com menos de 7 anos de idade de todas as regiões do Brasil. Os resultados mostraram que de cada três crianças brasileiras, uma apresenta um quadro chamado anemia ferropriva, número considerado "grave" por especialistas.
Segundo o médico Antônio Wanderson Lack de Matos: responsável pelo setor de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI) esse nutriente pode ser encontrado no leite materno, na carne vermelha (no fígado bovino por exemplo) e em alguns vegetais, como as folhas verde-escuras, o feijão e a soja sendo essencial para o funcionamento do corpo.
Ele é indispensável para a fabricação e o funcionamento das hemácias, as células vermelhas do sangue responsáveis por transportar oxigênio no organismo além de atuar na manutenção do nosso sistema imunológico e garantir assim o bom funcionamento do cérebro.
“E o problema é ainda maior quando falamos da infância pois crianças com deficiência de ferro sofrem alterações no desenvolvimento do cérebro que, no futuro, podem acarretar problemas no aprendizado, além de sonolência e desânimo, problemas que podem muitas vezes prejudicar a saúde de forma irreversível”, lamenta o médico.
Antônio Wanderson Lack de Matos é responsável pelo setor de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), especialista em nutrição clínica, ortomolecular e gerontologista com especialização em fitoterapia.
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