Cientistas criaram uma cola que para hemorragia em 15 segundos
- Foto: Divulgação
Uma cola que consegue parar a hemorragia em qualquer órgão, independentemente da coagulação. A ideia incrível e mais que necessária para a Medicina, foi desenvolvida por três pesquisadores da Mayo Clinic, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Os cientistas se inspiraram em cracas, animais marinhos que se prendem a inúmeras superfícies, como rochas, fundo dos navios e peixes com o objetivo de se manterem no lugar apesar das condições adversas.
Com a nova cola, a hemorragia consegue ser estancada em apenas 15 segundos, o que poderá salvar muitas vidas.
“Os nossos dados mostram como a cola atinge hemostasia rapidamente de uma forma independente da coagulação. O selo de tecido resultante pode resistir mesmo a pressões arteriais elevadas”, diz Christoph Nabzdyk, M.D., anestesista cardíaco da Clínica Mayo e co-autor do estudo. Por Monique de Carvalho / SNB
Inovação na Medicina
Até hoje, em casos de hemorragia, os cirurgiões utilizavam um material para acelerar a coagulação e estancar o sangramento.
Só que mesmo em casos de pacientes com níveis de coagulação mais rápido, esse procedimento demorava vários minutos.
Já com a nova cola, os estudos pré-clínicos apontaram que o sangramento parava em no máximo 15 segundos após a aplicação da cola.
A cola
As cracas foram a inspiração dos cientistas – Foto: reprodução
O grupo de cientistas pensou em uma pasta para ser útil em casos de hemorragias mais graves, “incluindo em órgãos internos, e em doentes com distúrbios de coagulação ou em anticoagulantes sanguíneos. Isto pode tornar-se útil para o tratamento de vítimas de traumas militares e civis”.
O material utilizado na nova cola é injetável, obtido a partir de óleo repelente de água e micropartículas bioadesivas.
São as micropartículas que se ligam umas às outras e à superfície do tecido depois de o óleo ter proporcionado um local limpo para a ligação. Então, o biomaterial reabsorve lentamente ao longo de um período de semanas. Com informações de Socientífica
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