por Milena Lopes**Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
Ainda que a Federação Bahiana de Futebol (FBF) esteja tentando fazer com que Jacuipense e Bahia joguem a nona rodada do Campeonato Baiano nesta quarta-feira (5), Manfredo Lessa, vice-presidente da FBF, garante que os demais duelos estão mantidos. Em entrevista ao programa BN na Bola, da rádio Salvador FM 92.3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama, o dirigente falou sobre a ação que suspendeu a partida entre o Tricolor e o Leão do Sisal e aguarda a resolução da Justiça para definir sobre a realização do confronto (leia mais).
“Vai haver a rodada por que nós temos o apoio dos presidentes das outras equipes, inclusive de alguns já se manifestaram, e vai haver rodada, ainda que seja parcial”, anunciou Manfredo Lessa.
“Infelizmente isso quebra o princípio da isonomia e quebra o princípio da caridade de armas, mas, infelizmente, é uma situação que temos que enfrentar”, declarou o vice-presidente. "Nós entramos com um mandado de segurança, porque é o remédio processual cabível e estamos tentando derrubar essa decisão", completou.
Por enquanto, o duelo, marcado para às 16h, no Estádio de Pituaçu, está suspenso. O vice-presidente posicionou que acredita que a solicitação da FBF para manter o jogo é contundente, em comparação ao Sindicato dos Atletas Profissionais, que pediu junto à Justiça do Trabalho a suspensão do duelo. A alegação é de que os atletas do Bahia não teriam 66h de descanso para entrar em campo contra o Jacuipense, uma vez que jogaram na noite desta terça-feira contra o Independiente pela Sul-Americana.
A questão da situação é que o Tricolor disputou o Campeonato Baiano, até agora, com o time de transição e, na rodada decisiva da primeira fase, propôs entrar em campo com o time principal.
O vice-presidente explicou que a FBF aguarda a resolução do recurso. O pedido é de que a partida aconteça normalmente no horário previamente estabelecido. Segundo Manfredo Lessa, a decisão pode sair a qualquer momento “se a desembargadora nos der razão e acatar a documentação”.
“Nós não somos donos da verdade, mas nós confiamos no Judiciário, até porque nós não fizemos nada de diferente nesta nona rodada na programação do que nós vínhamos fazendo ao longo de toda a competição", defendeu Manfredo. “Pelo tempo que eu tenho de futebol, esse tipo de situação não me surpreende mais não. A gente lamenta que entidades a parte, que não entram em campo, que não dirigem o futebol, acabam penetrando de forma alienígena no futebol”, criticou.
Por fim, ele ainda admitiu que os próprios dirigentes do Bahia assumiram que iriam disputar o estadual com o grupo de aspirantes antes de iniciar a competição e, com isso, o pedido do sindicato não estaria condizente com o compromisso que o clube assumiu com os dirigentes da federação.
“O vice-presidente e o presidente do Bahia assumiram compromisso pessoal comigo e com o presidente Ricardo Lima, na Arena Fonte Nova, de que jogaria o Campeonato Baiano com a equipe sub-23, sem nenhum tipo de condicionante relativa a fases. A prova disso é que o Bahia jogou todas as oito partidas com a equipe sub-23, com comissão técnica distinta, atletas com contratos vigentes registrados no BID, os dois técnicos, no caso específico da transição, com o nome do Cláudio Prates registrado no BID”, esclareceu.
Apesar do time principal estar inscrito formalmente como participante do Baianão, Manfredo Lessa finalizou ressaltando que, para ele, o acordo feito com a diretoria Tricolor era o que estaria valendo até o fim da competição.
“Enfim… se o compromisso para ele é só o que está escrito, eu só tenho a lamentar porque, para mim, a palavra ainda vale alguma coisa e no processo a gente sabe que a gente não precisa produzir provas com documentos específicos”, finalizou.
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