Foto: Reprodução / Sesab
O Ministério da Saúde anunciou um cronograma atualizado de entrega de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil e que aponta redução de 31% no número de doses previstas para o mês de maio. De acordo com o ministério, o país deve receber no próximo mês 32,4 milhões de doses. A previsão anterior, divulgada em 19 de março, indicava a chegada de 46,9 milhões de doses.
De acordo com o G1, o novo cronograma informa que serão entregues em maio: Fiocruz (AztraZeneca-Osford) - 21,5 milhões de doses; Butantan (Sinovac) - 5,6 milhões de doses; Covax Facility (AstraZeneca) - 2 milhões de doses; Covax Facility (Pfizer) - 842,4 mil doses; Pfizer (BioNTech) - 2,5 milhões de doses.
Neste mês de abril, o Ministério da Saúde também vai receber menos doses que o previsto inicialmente. Em 19 de março, a previsão era de que seriam entregues 47,3 milhões de doses, já em 31 de março, esse número caiu para 25,5 milhões de doses. No calendário divulgado neste sábado, o ministério diz que serão 26,6 milhões de doses. Ainda de acordo com o calendário divulgado pelo Ministério da Saúde neste sábado, o Brasil deve receber 54,2 milhões de doses em junho. Eram 56,5 milhões na previsão divulgada em março.
Para o terceiro trimestre deste ano (julho a setembro) a nova previsão é de entrega de 162,8 milhões de doses (eram 189,6 milhões no calendário de março). No quarto trimestre (outubro a dezembro), devem chegar ao país 210 milhões de doses (eram 167,3 milhões no calendário divulgado em março).
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, disse que a redução na entrega de doses de vacinas contra a Covid-19 se deve à falta de licenciamento, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das vacinas Covaxin e Sputnik, já encomendadas pelo governo.
"No mês de abril a gente tem uma expectativa mais baixa de produção porque não tivemos a Covaxin entregue e tivemos alguns ajustes. Também tinha na previsão inicial a entrega das vacinas da Sputnik V, fruto do contrato celebrado entre o ministério e a União Química. Então, esses valores não serão entregues em abril por conta do não licenciamento dessas vacinas na Anvisa", disse Cruz.
A Covaxin é produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. No dia 30 de março, a Anvisa negou à empresa a certificação de boas práticas de fabricação, um dos requisitos para o registro de um medicamento ou vacina no Brasil.
Entre os problemas apontados estão questões sanitárias, de controle de qualidade e de segurança na fabricação da vacina.
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