Ao interagir com seus apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada na noite desta terça-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou as mais de 4.000 mortes por Covid-19 das últimas 24 horas, ironizou o título de genocida usado contra ele por seus opositores e criticou medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores.
Bolsonaro se opôs, novamente, às medidas de restrição de circulação, listando como consequências de “ficar em casa” depressão, ganho de peso e hipertensão. “Quando você prende o cara em casa, o que ele faz em casa? Duvido que ele não aumentou um pouquinho de peso. Duvido. Até eu cresci um pouquinho a barriga”, afirmou. “Tudo vai ser agravado”, disse o presidente.
Pouco depois, uma apoiadora citou as 4.211 mortes registradas pelo consórcio de imprensa nas últimas 24 horas. “Hoje, mais de 4.000 morreram aqui no Brasil. Você viu isso?”, pergunta a mulher, que não é identificada nas imagens. Bolsonaro não reagiu e continuou falando sobre medidas restritivas.
O presidente da República também ironizou a alcunha de genocida que seus críticos costumam usar diante da escalada de mortes no país. “O pessoal entrou naquela pilha de homofóbico, racista, fascista, torturador… Agora é o quê? Agora eu sou… que mata muita gente, como é que é o nome? Genocida. Agora eu sou genocida”, disse sorrindo. “Do que que eu não sou culpado aqui no Brasil?”, indagou o presidente em outro momento da conversa.
Bolsonaro também fez críticas à imprensa. “Eu resolvo o problema do vírus em poucos minutos. É só pagar o que os governos pagavam no passado para Globo, para Folha, Estado de S. Paulo. Agora, este dinheiro não é para a imprensa, é para outras coisas”, afirmou. (Metro1)
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