Logo após inspecionar as obras do Hospital de Campanha em Itabuna, vereadores estiveram na Maternidade Ester Gomes, ainda na manhã de terça-feira (23). Lá, eles ouviram a direção, um médico pediatra, além de funcionários ali presentes, para compreender o cenário no anunciado fim do contrato com o município.
O presidente da Casa, Erasmo Ávila (PSD), esclareceu a intenção de ouvir as partes e frisou que a questão social jamais deixará de ser considerada pelo Legislativo nem pelo Executivo. “Nosso papel aqui é exatamente ouvir as demandas; em nenhum momento estamos elogiando qualquer tipo de decisão. Estamos apurando os fatos, entendendo que num primeiro momento a decisão do prefeito foi acertada por conta de documentos. É o que vale para o Tribunal de Contas e o Ministério Público”, argumentou.
Já o vereador Israel Cardoso (PTC), citou a preocupação da Casa em acompanhar questões relevantes para o município. “Foi mais uma ação da ‘blitz dos vereadores’; vamos mediar o encontro com o Executivo, para uma decisão que mantenha a maternidade funcionando. Porque Itabuna é uma cidade mãe para a região”, afirmou.
“Nasci com a maternidade”
A diretora Maria do Carmo Oliveira Figueiredo (Carminha) informou que naquela tarde haveria um encontro entre ela e o prefeito Augusto Castro (PSD), a fim de conhecer qual a proposta do município para manter aquele hospital aberto. Lembrou que mais de 100 mil crianças ali nasceram ao longo de 30 anos e mencionou dificuldades financeiras, inclusive para pagar funcionários.
Emocionado, o médico pediatra e neonatologista Frederico Almeida, o Dr. Fred, falou sobre a importância da Maternidade Ester Gomes para Itabuna e região. Ele presta serviços àquele hospital há 30 anos. “Eu nasci com a maternidade, trabalhei em outros hospitais, mas não abandonei aqui. Não é agora que vou abandonar”, assegurou.
Ele referiu-se, ainda, à necessidade de ser mantida uma instituição que acompanhe outras patologias. “O Brasil inteiro está subindo a covid, mas não é só covid! Tem a broncopneumonia, bronquite asmática, gastroenterite, que é diarreia infecciosa... outras coisas matando e se não tiver suporte...”, exemplificou.
O vereador Danilo Freitas (PSL) lembrou ter um carinho especial por ter nascido naquela maternidade. “Vejo uma preocupação grande da Prefeitura, da Câmara e da diretoria; é uma ferramenta muito importante para a saúde de nossa cidade, mas tem problemas para serem resolvidos. Fechou a maternidade porque as certidões estão negativadas, temos que analisar e fazer um novo contrato. O importante é que o povo seja atendido e de portas abertas, para o bem da cidade”, assinalou.
Da mesma forma, o edil Pastor Francisco (Republicanos) ressaltou a importância de manter os atendimentos. “O prefeito tem que sentar com a equipe técnica aqui e discutir de que maneira vão fazer, porque a maternidade está pronta! E a gente não sabe até que ponto o Manoel Novaes vai ter condição de atender a toda a demanda”, opinou.
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