Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Pacientes norte-americanos estão dando entrada em pedidos de compensação financeira por tratamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Segundo o portal Metrópoles, o caso da enfermeira Susan Cicala, de 60 anos que faleceu após ter sido tratada com azitromicina e hidroxicloroquina (versão mais avançada da cloroquina), é um dos 48 processos movidos por parentes das pessoas tratadas com os medicamentos, que podem causar sérios efeitos colaterais.
A indenização foi pedida pelo esposo da vítima, Steve Cicala, de 58 anos. Se ganhar a ação, pode receber cerca de US$ 367 mil (R$ 2.031.748). De acordo com a Reuters, ele entrou com o pedido de compensação financeira junto ao Programa de Compensação de Lesões de Contramedidas (CICP, da sigla em inglês), iniciativa supervisionada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos Estados Unidos.
O fundo teria até US$ 30 bilhões que podem ser usados ??para compensar ferimentos graves ou mortes causadas por tratamentos ou vacinas. Até agora, o programa negou compensação em 90% dos casos registrados antes da pandemia, principalmente para vacinas contra a gripe H1N1.
Steve afirma que a esposa foi levada ao pronto-socorro do Clara Maass Medical Center, em Nova Jersey, para tratar uma tosse intensa e febre. Até ali, nenhum dos dois sabia que ela estava com Covid-19. A respiração e a pressão arterial de Susan pioraram. Por causa disso, os médicos receitaram azitromicina, hidroxicloroquina e a colocaram em um ventilador pulmonar artificial. Cerca de 11 dias após ter dado entrada no hospital (onde trabalhou por anos) a paciente teve uma parada cardíaca e morreu.
O advogado de Steve, Jonathan Levitt, afirma que registros de eletrocardiograma mostram que os medicamentos interromperam o ritmo cardíaco de Susan Cicala. “Agora já sabemos que a combinação desses dois remédios é mortal”, completou. “Ela foi colocada em um ventilador, o que, como se sabe, também apresenta alguns perigos substanciais.”
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